Mãe e avó ficam em silêncio durante depoimentos após jovem autista de 23 anos morrer em incêndio, no Paraná
Jovem com TEA morre em incêndio em Ponta Grossa; avó é presa por abandono de incapaz

Um trágico incêndio registrado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, resultou na morte de um jovem de 23 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de deficiência visual e verbal. O caso ocorreu na manhã de sexta-feira (29), em uma residência de madeira que ficou completamente destruída pelas chamas. Segundo a Polícia Civil do Paraná (PC-PR), o jovem estava sob os cuidados da avó, de 66 anos, que teria saído para ir até a feira, deixando-o sozinho dentro do imóvel. Durante a ausência dela, o fogo começou a se espalhar, consumindo rapidamente a estrutura.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 11h por moradores que notaram as chamas. No combate ao incêndio, os bombeiros encontraram o corpo do jovem já sem vida dentro da residência. Conforme a investigação preliminar, havia um forno a lenha ativo dentro da casa, o que pode ter contribuído para o início das chamas. As circunstâncias exatas ainda estão sendo apuradas, mas a suspeita é de que a estrutura de madeira e a alta temperatura do equipamento tenham favorecido a propagação do fogo em poucos minutos, impossibilitando qualquer chance de resgate.
A avó da vítima foi presa em flagrante pelo crime de abandono de incapaz com resultado morte. Já a mãe do jovem, de 43 anos, não estava no local no momento do incêndio, pois havia saído para acompanhar outra criança em atendimento médico em um hospital. Conduzidas à delegacia, tanto a mãe quanto a avó optaram por permanecer em silêncio durante os depoimentos. As identidades das envolvidas não foram divulgadas oficialmente pelas autoridades. A Polícia Civil informou que o inquérito segue em andamento para esclarecer todas as responsabilidades e circunstâncias do caso.
A tragédia mobilizou a comunidade local e gerou forte comoção pela vulnerabilidade da vítima, que dependia de cuidados constantes. O episódio reacende debates sobre a necessidade de atenção redobrada a pessoas com deficiência e limitações severas, sobretudo em situações de risco dentro de casa. A investigação deve indicar se houve negligência grave e quais medidas poderão ser tomadas para que casos semelhantes não se repitam.
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