Suspeita de onça preocupa moradores de Bocaiúva do Sul
Pegadas e ataques a animais levantaram temor na Região Metropolitana de Curitiba; autoridades monitoram a área com armadilhas fotográficas

A suspeita de que uma onça estaria circulando em Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, mudou a rotina de moradores e produtores rurais. O alerta surgiu após o ataque a um cachorro e a constatação de ferimentos em cavalos de um haras local. Apesar do medo da população, o Instituto Água e Terra (IAT) informou que não há indícios confirmados da presença de um felino, mas anunciou a instalação de armadilhas fotográficas para monitoramento.
O que motivou a suspeita
A desconfiança começou quando um cachorro de fazenda voltou para casa com ferimentos profundos, compatíveis com mordidas de outro animal. Segundo o médico veterinário Gerson Vianna, o animal recebeu curativos e antibióticos e segue em recuperação.
Outros moradores também relataram ferimentos em cavalos e registraram pegadas na região. As marcas foram analisadas, mas especialistas afirmaram que não é possível confirmar se pertencem a uma onça.
Pegadas registradas em Bocaiúva do Sul – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Como a população reagiu
A possibilidade de encontrar um felino mudou a rotina de muitos moradores. Antonia Silva Lourenço, por exemplo, deixou de ir a pé ao trabalho e agora faz o trajeto de carro. Criadores de cavalos também reforçaram a segurança nos haras, mantendo os animais mais próximos às sedes, em áreas com maior movimento humano.
Moradores mudaram rotina com receio da presença do animal – Foto: Arquivo pessoal
O que dizem as autoridades
De acordo com o Instituto Água e Terra (IAT), até o momento não há provas concretas da presença de uma onça em Bocaiúva do Sul. Para garantir a tranquilidade da população, serão instaladas armadilhas fotográficas que permitirão verificar a fauna local e esclarecer os registros.
O delegado Guilherme Dias reforçou que a morte de animais silvestres é crime ambiental, com pena de seis meses a um ano de detenção. Ele orienta que qualquer avistamento seja comunicado imediatamente às autoridades competentes.
👉 Telefones para contato:
Instituto Água e Terra: (41) 99554-0553
Secretaria de Meio Ambiente: (41) 3291-5137
Saiba mais sobre a atuação do IAT no Paraná
Por que os animais se aproximam das cidades?
Segundo o biólogo Roberto Fusco, coordenador do Programa Grandes Mamíferos Serra do Mar, a perda de habitat e a diminuição das presas naturais levam animais silvestres, como a onça-parda e a onça-pintada, a se aproximar de áreas rurais e urbanas.
Ele alerta que matar esses animais não é apenas ilegal, mas também prejudica o equilíbrio ambiental, já que espécies como a onça estão ameaçadas de extinção.
Como agir em um encontro com onça
Especialistas lembram que, na maioria das vezes, a onça evita o contato humano. Porém, se o encontro ocorrer:
Mantenha a calma e observe o animal.
Faça gestos, levante os braços e grite, caso o felino se aproxime.
Nunca tente atacar ou correr.
Se o animal estiver com filhotes, afaste-se lentamente.
Conclusão
A suspeita de onça em Bocaiúva do Sul trouxe apreensão à população e colocou em destaque a relação entre áreas urbanas e a fauna silvestre no Paraná. Enquanto não há confirmação da presença do felino, as autoridades reforçam a necessidade de monitoramento, prevenção e preservação ambiental.
Pergunta para interação
Você acredita que Bocaiúva do Sul está preparada para lidar com a presença de animais silvestres próximos às áreas habitadas?
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