Motorista que atropelou cachorrinha é condenado a pagar fisioterapia do animal, no Paraná
Coleirinha perdeu uma pata e faz reabilitação após atropelamento; dono do carro fugiu sem prestar socorro

Após atropelar cachorra comunitária e fugir sem socorro, motorista em Cascavel é condenado a pagar por sessões de fisioterapia e reabilitação do animal.
A Justiça do Paraná condenou um motorista a pagar o tratamento fisioterapêutico da cachorrinha comunitária "Coleirinha", atropelada em Cascavel, no oeste do estado. O animal, que perdeu uma das patas no acidente, realiza sessões de fisioterapia para preservar a mobilidade e qualidade de vida.
O homem fugiu do local sem prestar socorro, mas foi identificado durante a investigação. Segundo a decisão judicial, ele deve arcar com R$ 3.304 em tratamentos. O processo ainda prevê um pedido de indenização de R$ 40 mil, que será julgado posteriormente.
⚖️ Condenação e valores definidos pela Justiça
De acordo com a decisão liminar, o motorista — que não teve o nome revelado — deverá pagar:
R$ 1.984 para o tratamento de reabilitação;
R$ 1.320 em sessões de fisioterapia preventiva.
Caso descumpra a ordem judicial, foi estipulada uma multa diária de R$ 250, limitada a 30 dias. Até o momento, o motorista não constituiu advogado no processo.
A ação foi movida com base na omissão de socorro e nos danos causados ao animal, que passou por cirurgia e agora depende de acompanhamento contínuo.
🏠 Acolhimento temporário e rotina de recuperação
Após o atropelamento, Coleirinha foi socorrida por Leonide Pereira, moradora da região, que arcou com os primeiros atendimentos veterinários. Desde então, a cadelinha foi acolhida temporariamente pela família da tutora, que acompanha cada etapa da recuperação.
“A importância maior é responsabilizar quem cometeu a infração e dar a qualidade de vida que ela merece. Ela já não tem uma pata, então por que ela tem que ficar deitada em um canto, sem brincar com os amiguinhos dela?”, afirmou Leonide.
Vídeos mostram a cachorra realizando exercícios fisioterapêuticos com o apoio de profissionais, movimentando a musculatura e se adaptando à nova condição física.
🐾 Direito animal e responsabilidade no trânsito
A advogada Evelyne Paludo, que representa o caso, explicou que o pedido emergencial foi necessário para assegurar direitos básicos à vida e ao bem-estar do animal:
“É um pedido de urgência que não poderia aguardar até a sentença. Motoristas precisam ter cuidado e não podem omitir socorro. É preciso preservar a vida do ser que foi atropelado”, afirmou.
Ela também reforçou que o processo continuará com a análise do pedido de indenização por danos materiais, no valor de R$ 40 mil, com julgamento previsto após o cumprimento da decisão que garante o tratamento imediato.
A decisão da Justiça de Cascavel representa um avanço importante na responsabilização de motoristas em casos de atropelamento de animais. A história de Coleirinha mostra que, além da comoção, é necessário haver ações efetivas que garantam dignidade e reabilitação às vítimas — mesmo que não humanas.
O caso reforça a necessidade de educação no trânsito, empatia com os animais e a valorização do bem-estar animal como direito garantido por lei.
Você concorda que motoristas que atropelam e fogem devem arcar com todos os custos de tratamento dos animais?
COMENTÁRIOS